Paraísos Artificiais: Só o amor é real

Dos mesmos produtores de Tropa de Elite, filme utiliza o mundo das raves como cenário para abordar a vida dos jovens neste início de século.
PARAÍSOS ARTIFICIAIS é uma história de amor entre Nando (Luca Bianchi) e Érica (Nathalia Dill), dois jovens contemporâneos em tempos de mudanças e incertezas. Dos mesmos produtores de Tropa de Elite I e II, o filme é dirigido por Marcos Prado, e fala de destino, de encontros e desencontros, de amor, de novos relacionamentos, de amizade, de celebração. Mas, principalmente, fala da juventude, essa curta etapa da vida que, certamente, é o momento mais precioso de nossa existência.
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Ok, agora deixando o papo furado de lado, o grande chamariz do filme são as raves. Assim, sem meias palavras. Ou alguém iria ao cinema para ver uma história de amor entre 2 jovens de vinte e poucos anos "em tempos de mudanças e incertezas"?
O pano de fundo, não por acaso, é um assunto atual, polêmico (muito mais do que mamilos), que afeta diretamente os filhos da classe média e, para fechar, ainda é desconhecido da maioria da população. Receita para o sucesso.
Tudo o que parece ser restrito, isolado, desperta a nossa curiosidade. A evolução nos fez assim. Afinal, quem não correu para o cinema para saber como é a vida numa favela carioca, ou dentro de um presídio, ou até mesmo para entender como é a rotina de um policial do BOPE?
Só deixa eu te contar um segredo: a vida na Cidade de Deus, no Carandiru ou no BOPE não é exatamente aquilo que você viu na telona. Portanto não espere ver as "verdadeiras festas" retratadas nesse filme. Seja lá o que "verdadeiras festas" signifique.
Lembrem-se, Paraísos Artificiais "fala de destino, de encontros e desencontros, de amor, de novos relacionamentos, de amizade, de celebração". Trata-se de uma obra de ficção e, por não ter o compromisso de retratar com fidelidade o mundo como ele é, os produtores têm carta branca para criarem o que quiserem, desde que isso gere uma boa história, o que no final das contas, é o que eles estão vendendo.
Então preparem-se para diversas simplificações, uma série de distorções e até mesmo algumas invenções sobre esse universo. Faz parte, e teremos que engolir.
Fora esse mero detalhe, podemos esperar uma grande produção, um filme acima da média para os padrões nacionais, com trilha sonora empolgante (notaram o Skazi neste teaser?) além de uma boa desculpa pra ir ao cinema com a galera que você só encontra nas festas.
E aguardem: em 2012, antes do fim do mundo, milhões de pessoas sairão do cinema "sabendo" como é uma Rave.
Corram para as colinas.

Fonte: Psicodelia.org

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